Publicada em 15/01/2021 às 08h34.
Brasil chega ao Mundial de handebol masculino vivendo crise generalizada e surto de Covid-19
Por conta dos casos de Covid-19, seleção brasileira não realizou nenhum amistoso na preparação para o Mundial do Egito.


                                                                         Foto: Divulgação/CBHb


Em meio a diversos problemas na preparação e uma grave crise interna, a seleção brasileira de handebol masculino tem estreia marcada para esta sexta-feira (15) no Mundial de Handebol Masculino, que está sendo realizado no Egito. A partida é diante da Espanha, atual bicampeã europeia. O Brasil está no grupo B, que além da Espanha conta com Tunísia e Polônia. Os três melhores passam para a segunda fase.

A preparação para o Mundial precisou ser interrompida na segunda-feira (11), com a chegada dos resultados dos testes de Covid-19. Cinco membros testaram positivo, sendo quatro da comissão técnica e o goleiro Ferrugem, que foi cortado, dando lugar a Bombom, goleiro do Toulouse. Os amistosos de preparação contra Egito e Bahrein tiveram que ser cancelados.

No último teste antes de seguir para o Egito, notícias ainda piores chegaram para a seleção brasileira. O meia e capitão da seleção Thiagus Petrus, jogador do Barcelona, e o treinador Marcus Tatá testaram positivo para Covid-19. Diferente do caso do goleiro Ferrugem, a comissão técnica brasileira preferiu manter Petrus no elenco, e agora aguarda resultado negativo do teste que será realizado nesta sexta-feira.

Já na chegada da delegação no Egito, o ponteiro esquerdo Felipe Borges testou positivo para Covid-19. Borges está assintomático e recebe acompanhamento do médico da CBHb, Alexandre Paiva. Ainda não há informações sobre manutenção ou corte do jogador no elenco.

A seleção brasileira só conseguiu se reunir no dia 27 de dezembro, para iniciar a preparação para o Mundial do Egito. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) custeou as despesas da preparação e as viagens para Portugal, onde a seleção ficou concentrada, na cidade de Rio Maior.

Em 2019, o Brasil disputava pela 13ª vez o Campeonato Mundial de Handebol Masculino, disputado naquela edição em duas sedes, Alemanha e Dinamarca. A seleção brasileira realizou uma campanha de respeito, e em um grupo difícil na fase preliminar, com Alemanha, França, Sérvia, Rússia e Coreia, conseguiu classificar na terceira posição. Na fase seguinte, a principal, caiu em novo grupo, também com Alemanha e França, além de Croácia, Espanha e Islândia. A campanha de 2019 foi a melhor da história do handebol masculino brasileiro, conquistando o nono lugar.

No entanto, o cenário que se apresentava bastante promissor para o desenvolvimento do handebol masculino do país foi interrompido por uma crise que parece longe de acabar. Em três anos, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) teve três presidentes e quatro trocas de treinador.

Em 2018, o então presidente Manoel Oliveira, que estava há 31 anos comandando o handebol no país, foi afastado por determinação da Justiça, por má utilização de dinheiro público. Em seu lugar, assumiu Ricardo Souza, que renunciou em dezembro após acusação de assédio durante os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Atualmente, a CBHb é comandada por Jefferson Oliveira, que não possui apoio dos atletas. Uma eleição para presidente na CBHb está marcada para fevereiro.

O Mundial de Handebol Masculino de 2021, que está sendo realizado no Egito, é a primeira competição mundial de modalidades coletivas a ser organizado desde março do ano passado, sendo observado de perto pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em uma espécie de teste para as Olimpíadas. O torneio começou na última quarta-feira, com a partida entre Egito x Chile, vencida pelos anfitriões pelo placar de 35x29.


FONTE: FOLHA PE

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