A Polícia Militar de Água Preta, Mata Sul de Pernambuco, atendeu uma grave denúncia de tortura a uma mulher e a uma criança dois meses de idade na tarde de segunda-feira (17/05). O caso aconteceu no bairro Eudócia, periferia da cidade, por volta das 16h.
Tudo começou quando a senhora Maria Cristina da Silva, 32, chamou a polícia para relatar que havia sido agredida fisicamente por seu ex-marido, o montador Antônio Valentim da Silva Júnior, 28. Diante disso, os policiais foram à procura do acusado, mas descobriram que os fatos se deram de maneira diferente e assustadora.
Segundo Antônio, ele procurou a ex-mulher por conta da agressão física e psicológica sofrida por sua atual companheira, a dona de casa Leidiana Rocha da Silva, 23, e a filha do casal, de apenas dois meses de idade. De acordo com ele, duas mulheres invadiram a casa na sua ausência e praticaram atos de tortura contra Leidiana, possivelmente a mando da sua ex-esposa.
Conforme apurou a polícia, as duas mulheres, ainda não identificadas, teriam obrigado a jovem a se ajoelhar no chão e cortaram seu cabelo com uma faca, sempre citando nos xingamentos o nome de Maria Cristina, como sendo uma forma de vingança pelo fato de o marido tê-la deixado para viver com outra.
Não obstante o tratamento humilhante sofrido, a mulher ainda teve que presenciar as agressoras rasparem a cabeça de sua menina, de apenas dois meses, usando uma gilete de barbear. Em seguida elas fugiram, tomando destino ignorado. A PM realizou buscas na tentativa de localizá-las e prendê-las, mas sem sucesso até o momento.
O caso, que ganhou grande repercussão na região, está sendo investigado pela Polícia Civil de Água Preta. Vítimas e acusado foram conduzidos até a delegacia para prestarem mais esclarecimentos. Um boletim de ocorrência foi registrado e todos os envolvidos intimidado a comparecer diante da Justiça em data previamente estipulada.