(Reprodução da internet)
Em maio, choveu forte na Mata Sul e em algumas cidades do Agreste de Pernambuco. O temporal causou enchentes, deslizamentos de barreiras e seis mortes, além de tirar de casa mais de 55 mil pessoas, que desde então tentam retomar a rotina. Ações de solidariedade têm sido essenciais para a sobrevivência de quem perdeu tudo. Em Goiás, voluntários arrecadaram 132 toneladas de alimentos para as vítimas da cheia, entregues nesta segunda-feira (26), no Recife. Os caminhões começaram a ser descarregados no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), na Zona Oeste.
O Governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 27 cidades. Ainda há 1.600 pessoas desabrigadas, em prédios públicos, e outras 28 mil desalojadas, que estão na casa de parentes ou amigos.
Representante da Defesa Civil de Goiás, o tenente-coronel Leonardo Fonseca explicou que a expectativa do Corpo de Bombeiros era arrecadar 50 mil toneladas de donativos. “Foi uma surpresa arrecadar 145 mil toneladas de donativos, sendo 25 para Alagoas e o restante para Pernambuco. Foi uma arrecadação muito rápida, construída a várias mãos, entre a sociedade civil não organizada e a igreja, principalmente, além do setor empresarial foi muito importante. A família que tinha pouco, doou pouco. Quem tinha mais, doou mais”, explicou o tenente.
O chefe da Casa Militar de Pernambuco, coronel Eduardo Pereira, explica que, por dia, saem entre 15 e 20 caminhões por dia. “Embora tenhamos recebido uma grande quantidade de alimentos, ainda é o que mais precisamos. A metodologia de distribuição vai de acordo com a quantidade de desalojados e desabrigados de cada cidade. Os despachos estão sendo feitos por uma força-tarefa entre o Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar. Cerca de 100 homens estão atuando”, disse.
Entre os produtos mais doados também estão roupas e água. A maior carência, no entanto, é de fraldas descartáveis e alimentos não perecíveis.
Nesta quarta-feira (28), começa o cadastro para famílias receberem o auxílio-moradia nas 27 cidades em situação de emergência por causa das chuvas. O benefício tem o valor de R$ 200 e é válido por, ao menos, dois meses. Secretário de Habitação de Pernambuco, Bruno Lisboa explica que um laudo será feito, para levantar a situação em que se encontram as casas dos moradores.
"O benefício deve estar implementado em algumas cidades até o dia 15 de julho, com previsão para finalização até o fim do mesmo mês. O auxílio está diretamente ligado à concessão de novas moradias, já que é por esse número que saberemos quantas pessoas vão precisar de novas casas", disse.
G1