Publicada em 11/10/2017 às 07h21.
PRF apreende seis vezes mais veículos roubados nas estradas de Pernambuco
De janeiro a setembro deste ano foram apreendidos 222 veículos roubados nas BRs que cortam o estado.

Foto: Guga Matos/JC Imagem


O número de veículos roubados em Pernambuco aumentou em 2017. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam que o número de veículos recuperados nas estradas federais aumentou 6 vezes mais do que o mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro deste ano foram apreendidos 222 veículos roubados nas BRs que cortam Pernambuco, enquanto que no mesmo período do ano passado esse número era bem menor – apenas 34 veículos apreendidos.


"A polícia investe na capacitação das equipes para que as fraudes possam ser identificadas e em comandos específicos de fiscalização, que verificam tanto a documentação como os caracteres veiculares. Além disso, são levantadas informações sobre grupos que cometem esses crimes e são realizadas operações voltadas para combater esta pratica”, Cristiano Mendonça, inspetor da PRF.


Segundo o Inspetor Cristiano Mendonça, chefe de comunicação da PRF, os veículos roubados são utilizados para praticar diversos tipos de crimes, como roubo, tráfico de drogas e contrabando, além de serem revendidos por valores abaixo do mercado. “No momento da identificação, após uma verificação minuciosa nos caracteres do carro, a polícia constata que as placas desses veículos são frias, clonadas, ou seja, com a mesma numeração de veículos regularizados, da mesma marca, cor e modelo” afirma o inspetor Cristiano.


"Quando o veículo é recuperado ele passa por um processo de vistoria para identificar se a placa foi clonada, já que as quadrilhas roubam os carros, modificam a placa e cometem outros crimes. Eles conseguem comprar essas placas através do mercado paralelo, mas há, também, casos de quadrilhas mais sofisticadas que produzem e fabricam placas frias”, Mauro Cabral, delegado.


O trabalho de fiscalização da polícia para coibir a ação desses criminosos tem sido intenso – garante a PRF -, mas as quadrilhas continuam agindo, estimuladas, principalmente, pela facilidade encontrada para clonar as placas e circular livremente pelo Estado, mesmo estando com os documentos do veículo adulterados.

 

“A polícia investe na capacitação das equipes para que as fraudes possam ser identificadas e em comandos específicos de fiscalização, que verificam tanto a documentação como os caracteres veiculares. Além disso, são levantadas informações sobre grupos que cometem esses crimes e são realizadas operações voltadas para combater esta pratica” explica o inspetor. Números da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) mostram que, de janeiro a agosto de 2017, foram registrados 4.972 veículos roubados, que foram recuperados pelas Polícias Civil e Militar.


O delegado titular de Repressão aos Roubos e Furtos de Veículos, Mauro Cabral, explica que deste total boa parte são veículos clonados. “Quando o veículo é recuperado ele passa por um processo de vistoria para identificar se a placa foi clonada, já que as quadrilhas roubam os carros, modificam a placa e cometem outros crimes. Eles conseguem comprar essas placas através do mercado paralelo, mas há, também, casos de quadrilhas mais sofisticadas que produzem e fabricam placas frias”, explica o delegado.



Mauro Cabral alerta, ainda, para outra modalidade de crime que vem se tornado comum: a venda de veículos pela internet com placas clonadas, aplicativos que geralmente vendem os carros com preços mais atrativos, onde as quadrilhas se aproveitam da informalidade para aplicar golpes. “O problema é grave e persiste. A polícia tem trabalhado para combater a atuação dessas quadrilhas, mas é necessário uma ação em conjunto com outros órgãos fiscalizadores. Temos que aumentar o controle desse mercado paralelo que fabrica e revende placas fora da legalidade”, afirma o delegado.


Na tentativa de combater as fraudes e crimes envolvendo as placas veiculares, o Detran-PE publicou a portaria 1604/17, de 23 de maio deste ano, com medidas para a produção de placas veiculares. O objetivo da nova medida é combater os casos de clonagem de placas de veículos, além de reorganizar e redefinir os procedimentos operacionais de produção, distribuição e comercialização. Com tal medida, o Estado do Pernambuco tem conseguido diminuir os casos de roubos de veículos.

 

Segundo as regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as placas veiculares devem ser produzidas por empresas credenciadas pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados, sendo que o Detran-PE foi pioneiro em diferenciar duas categorias de empresas que atuam nesse setor, justamente para oportunizar o acesso a um número maior de empresas.


A portaria especifica que as placas devem conter o código QR para evitar clonagem e auxiliar num maior apoio operacional. Entre os novos parâmetros, fica determinado que tanto o fabricante (fornecedor das placas semiacabadas), quanto o estampador (estampa a combinação alfanumérica e emplaca o carro) são responsáveis por todo o processo.


Para isso é necessário que a empresa se adeque às exigências tecnológicas para permitir, assim, a segurança,  autenticidade, rastreabilidade e validação completa na realização dos procedimentos de produção, distribuição e utilização/descarte da placa veicular.


Jc Online

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