Publicada em 29/05/2016 às 11h43.
Agentes penitenciários de Alagoas decidem encerrar greve
Em assembleia, categoria aceitou proposta feita pelo governo do Estado. Desde o dia 13 de maio, visitas estavam suspensas nos presídios.
Categoria decidiu encerrar paralisação iniciada no dia 13 de maio (Foto: Kleyton Anderson/ Arquivo Pessoal)
Categoria decidiu encerrar paralisação iniciada no dia 13 de maio (Foto: Kleyton Anderson/ Arquivo Pessoal)

Agentes penitenciários de Alagoas encerraram, na manhã deste sábado (28), a greve iniciada no último dia 13 de maio. De acordo com o presidente do sindicato, a categoria decidiu aceitar a contraproposta feita pelo governo do estado, como reajuste na bolsa recebida pelos servidores.


"Aceitamos a proposta de continuar a bolsa no valor de R$ 500, a partir de setembro, e ir aumentando gradativamente até R$ 900. No final de 10 meses, ela será incorporada ao salário. Além de outras garantias menores, como PCCS [Plano de Cargos e Carreiras], do serviço suplementar, entre outras", explica o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas, Kleyton Anderson.

 

Familiares de presos aguardam a retomada das visitas (Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta)
Familiares de presos aguardam a retomada das visitas (Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta)

As visitas, que haviam sido suspensas assim que começou a paralisação dos agentes já estão sendo retomadas. Nas primeiras horas da manhã deste sábado, policiais militares chegaram a ocupar o Sistema Prisional para garantir que os familiares pudessem ver os presos e também a segurança de todos durante a visitação.


Com a notícia do fim da greve, no entanto, os militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e Radiopatrulha (RP), envolvidos na operação, já começaram a se retirar do local, de acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Militar (PM).


A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que equipes da Força Nacional fazem rondas preventivas no entorno dos presídios.


Com relação à outra reivindicação dos agentes penitenciários, de aumento do efeitvo, o presidente do Sindapen afirma que o governo apresentou uma alternativa provisória à realização de concurso.


"Nos garantiram que vão dar encaminhamento à situação do serviço suplementar, que é um paliativo ao concurso. Assim, o pessoal que está de folga vem trabalhar e ganha para isso. O governo disse que vai dar celeridade a isso, para que aconteça o mais rápido possível", conclui Anderson.


Negociações conturbadas


Desde que iniciaram a paralisação das atividades, agentes penitenciários e o governo do Estado se reuniram para negociar as reivindicações da categoria pelo menos três vezes, sem sucesso. O último encontro havia sido realizado na sexta-feira (28).


A Justiça chegou a decretar a ilegalidade da greve no dia 16 de maio, pedindo o retorno imediato das atividades. A decisão, no entanto, não havia sido cumprida.


Como as visitas foram suspensas, os familiares do presos realizaram pelo menos dois protestos em Maceió. O primeiro ocorreu no dia 20 de maio, quando os manifestantes atearam fogo a pneus, próximo a rotatória da Polícia Rodoviária Federal. O outro protesto foi registrado no dia 25 de maio, na ocasião, os familiares saíram em caminhada pelas ruas da capital e pararam em frente ao Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió.


Essa suspensão provocou a ira dos presos, que chegaram a atear fogo a colchões no último dia 14.

 

G1

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