Na Zona Oeste do Recife, só 4,22% das multas aplicadas em janeiro e fevereiro deste ano foram registradas manualmente. São prováveis pontos cegos, onde agentes de trânsito quase não aparecem e onde a fiscalização eletrônica é restrita a áreas isoladas, como a avenida Abdias de Carvalho. Dados como esses compõem perfis das infrações, que têm horários, locais e tipos característicos."Busca-se levar os agentes a pontos onde há risco de acidentes, para determinadas fiscalizações. Os critérios são muitos. Não há como estar em todo lugar", alega o gestor de trânsito da CTTU, Marcos Araújo.
O argumento é endossado quando se observa as notificações no Centro. Das 27 mil, 21 mil foram manuais. "É natural que onde há mais veículos passando, haja mais agentes. Estranho seria se não fos se assim.” Porém, Araújo destaca a necessidade de encarar de modo diferente a fiscalização eletrônica. "Há pontos em que, com o que se arrecada, não se paga nem a manutenção do equipamento. Multa não é imposto. A pessoa leva se não respeitar.”
Folha PE