A Justiça de Pernambuco autorizou que o cacique Marcos Xukuru (Republicanos), prefeito de Pesqueira, volte a comandar a gestão municipal a partir deste sábado (3). O gestor estava afastado da prefeitura, preventivamente, desde 3 de abril. Ele é um dos alvos da operação “Pactum Amicis”, da Polícia Civil de Pernambuco (PC-PE), e agora réu, junto a outros 12 servidores. A ação policial investiga uma organização voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e lavagem de dinheiro, dentro da prefeitura. Ao LeiaJá, a assessoria confirmou o retorno das atividades do prefeito.

Entre os réus no caso, estão os vereadores Pastinha Xukuru (PP) e Sil Xukuru (PT), que também retornaram aos cargos na Câmara Municipal neste sábado. As investigações começaram em abril de 2022, quando Marcos Xukuru exercia a função de secretário da cidade. Até o momento, não existem denúncias contra a gestão atual.

“Ressalte-se, ainda, que não houve, até o momento, decisão judicial visando à prorrogação da medida de afastamento atualmente em vigor, de forma que a medida se encerra no próximo 3 de maio”, diz a nota da Vara Criminal da Comarca de Pesqueira.

Denúncia do MPPE

No último dia 25 de abril, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPPE) que tornou réu o prefeito de Pesqueira, Marcos Xukuru, e outros 12 envolvidos no processo que investiga os crimes de corrupção na gestão da cidade. De acordo com a Polícia Civil, as provas colhidas ao longo da investigação comprovam a existência de uma organização criminosa voltada a fraudar licitações públicas em troca de vantagens econômicas.

O prejuízo ao patrimônio público chega a R$ 15.710.135,20. Dentro do esquema, o cacique Marcos seria o líder da organização. Apesar de, à época das investigações, ser secretário municipal, a Justiça reconhece que Xukuru seria, “de fato, o chefe do Poder Executivo Municipal”.