A segunda vitória do Sport, fora de casa, nesta Série A do Campeonato Brasileiro, foi conquistada pela efetividade de seu ataque. Mas não foram poucas as chances que a defesa rubro-negra quase deixou tudo a perder. Os naturais elogios de um êxito diante do Cruzeiro, no Mineirão, não povoaram tanto o tom do técnico Oswaldo de Oliveira. O treinador chegou a dizer que o início do jogo da equipe foi irreconhecível, e pontuou: "Nós já passamos por isso. Ter números superiores ao adversário e perdermos. Tudo porque o adversário foi mais eficiente. Hoje foi a nossa vez de ganhar".
Oswaldo de Oliveira havia feito um planejamento pré-jogo que envolvia conter as construções de jogadas do Cruzeiro ainda no meio de campo. O treinador temia o quarteto ofensivo mineiro, formado ontem por Arrascaeta,Willian, Ramón Ábila e Rafael Sóbis. Sua insatisfação ficou evidente. "O nosso time começou o jogo muito mal, irreconhecível. Permitimos o jogo do Cruzeiro. Não conseguimos impedir a ofensividade deles. A partir do gol passamos a respirar, e alternar com o Cruzeiro nas ações ofensivas", disse o treinador. A vitória do Sport também tem seu aspecto histórico. A última vez que os rubro-negros bateram o Cruzeiro, em Minas Gerais, foi em 1978, por 2x1.
Com relação a situação da equipe na tabela da Série A, o êxito deste domingo faz a torcida vislumbrar uma sequência ainda maior de vitórias – fato que afastaria ainda mais o time da zona de rebaixamento. Isso porque, além das duas vitórias em sequência na competição, o time terá os dois próximos jogos em casa: diante do Atlético/PR e o América/MG. "Mas por outro lado temos de ter muita atenção. O fato de jogar duas em casa não significa que vamos ganhar duas vezes. Nos nossos jogos na Ilha do Retiro temos conseguido impor o nosso ritmo. E essa vai ser a nossa busca. Vamos tentar nos impor ao adversário e conseguir a vitória", ressaltou Oswaldo.
Um personagem importante no jogo foi Magrão. A atuação do goleiro foi decisiva para que o resultado positivo acabasse conquistado. A ele, Oswaldo de Oliveira fez questão de rasgar elogios. "O Magrão eu já admirava há muito tempo. O acompanho desde aquela fase do Sport com Nelsinho (campeão da Copa do Brasil, em 2008). E agora eu tive o prazer de trabalhar com ele. Pra mim tem sido uma experiência importante. Eu vou relacionar esse fato entre as coisas importantes da minha vida no futebol", finalizou o treinador.
Folha de PE