O professor Rodrigues (PSOL) participou na tarde dessa terça-feira (26/07), do quadro de perguntas e respostas no programa Microfone Aberto, na rádio Nova Quilombo FM, que tem o objetivo de esclarecer algumas dúvidas da população palmarense a respeito de projetos e ideias dos pré-candidatos a gestão municipal.
Ele respondeu perguntas elaboradas pela equipe de Jornalismo do Portal Novamais.com e de ouvintes e internautas que participaram ao vivo através dos telefones (81) 3662 2777 e 3662 2778 e pelo aplicativo Whatsapp (081 9 9683-1009).
Veja agora alguns dos principais pontos da entrevista:
O apresentador do programa, Gustavo Manoel iniciou o evento com seguinte pergunta: Por que o senhor quer ser o prefeito de Palmares?
Em uma rápida resposta, o professor afirmou que ser prefeito do município é uma espécie de gratidão com Palmares, e que quando ele vê essa cidade tão surrada, sucateada, sofrendo percebe que não era pra ser assim. Ele ainda afirmou que participou, por três meses, do governo do ex-prefeito da cidade Beto da Usina (PDT) em 2009 e disse que o gestor não tinha habilidade com as pessoas.
O repórter Marcio Roger perguntou-lhe: O senhor acreditava que pode ser eleito o prefeito de Palmares? Quais os atributos que levam o senhor a pensar nisso?
Ele respondeu: “Sim! Eu me preparei pra isso. Tenho formação em direito, conheço as leis. Há uma grande brecha entre saber e fazer. Eu fiz um curso de pós-graduação em 2004 em Gerencia de Cidade já pensando nisso”. Ele ainda afirmou: “Eu digo logo um recado para o povo, nada muda se o povo não mudar. Eu aprendi que o que compões uma nação é o povo, o território e o governo. O território a gente já tem, essa cidade é bela! Agora nós temos o povo, ai o povo precisa dar uma melhorada”.
Professor Rodrigues, apesar das evidências e condenações da Operação Lava-Jato, o seu partido, o PSOL, votou contra a cassação da Presidente Dilma Russef. O senhor acha que seu partido é conivente com a corrupção?
R- “Eu estou no PSOL por que não tinha outro partido. Minha paixão era o PHS”.
Quando perguntado sobre como é está coligado a um partido que ele não concorda com a ideologia, o pré-candidato afirmou que tem que ser um pensador independente e disse que não iria seguir o que o partido diz.
“Só por que estou em um partido tenho que seguir o que o ele diz?” alegou o professor.
P- O senhor está falando muito em relação ao povo, o senhor acha que o povo não sabe votar e é corrupto?
R- “Especificamente no caso do voto. Um povo que pega dinheiro de “A” ou de “B” e no fim talvez vote em “C” ou em nenhum, pode-se dizer que o um povo desse vai bem?. Alguns do povo sabe votar, mas grande parte não sabe.”
P- O PSOL é um partido considerado radical de esquerda. No mundo moderno, com a globalização e com o fracasso das experiências dos movimentos extremistas, ainda a espaço para uma sigla que encarna essa bandeira? Por exemplo, a Cuba, lá não existe liberdade de expressão, o senhor é a favor do regime cubano?
R-“Eu estou em um lugar, onde não existe familiaridade, não está alinhado. A questão não é o partido, é o ser humano”.
O ouvinte Vagner fez seguinte pergunta através do telefone:
“Eu vejo uma situação muito crítica na região da Mata Sul, Palmares está na UTI. Dr. Rodrigues, qual é a solução que a nossa cidade tem para crescer sem pode contar com o governo?”
“Vagner, eu vou dar uma resposta simples, serve pra você e eu pensar. E vou dizer a seguinte frase: a cidade está do jeito que está, por que nós somos do jeito que somos. O governo é um reflexo do povo existente. Se as pessoas vão mal e não quer fazer nada por si mesmas, nada vai dar certo. Vai esperar um Dom Sebastião? Vai esperar que alguém resolva o seu problema? Nós temos que resolver. Nós temos que dar a nossa contribuição a democracia”.
O apresentador Gustavo Manoel então, fez a seguinte indagação: Nós temos aqui, por exemplo, no programa Microfone Aberto, muitas pessoas com fome, pessoas que chegam a desmaiar com fome. Essas pessoas vão fazer o quê?
O professor Rodrigues respondeu: “Você acha que isso é problema de governo? Não! Eu sou muito taxativo. Não é problema de governo não. Esse problema pode ser da própria pessoa. Eu sou culpado do “camarada” não querer estudar? O papel do governo não é matar a fome. O papel do governo é empregar bem os recursos e administrar bem a cidade”.
Ao falar sobre a educação o pré-candidato disse: “eu fui professor e o nome ficou, mas eu nem gosto“.
Em uma afirmação, o político afirmou: “Eu não vim aqui pra agradar o povo. Que agradar? A gente quer fazer o que é direito. O povo às vezes nem sempre sabe o que quer!”.
Uma ouvinte do bairro de Santas Luzia também participou através do telefone e disse que a culpa dos problemas é do governo, pois ela tem três filhos, todos com estudos, mas dois tiveram que sair da cidade para arrumar emprego, por que até agora ninguém trouxe uma fábrica para o município.
Em resposta a ouvinte, o pré-candidato disse: “As pessoas tem que se preparar. Qual é a fábrica que vem pra aqui desse jeito, com a cidade desorganizada dessa, com o povo despreparado? Quem sabe montar carro? Quem sabe fazer sabonete? Quem sabe fazer e faz? Não tem! O povo está despreparado. É preciso que se acorde pra ver que o problema não é do outro!”.
Nas considerações finais o professor afirmou: “Eu sou assim polêmico, por que sou pensador, eu sou esquisito. Agora eu digo pra você, eu tenho diploma de doido que me deram, mas não tenho diploma de burro”.
A entrevista completa estará disponível na TV Novamais.
O próximo pré-candidato a ser entrevistado será Beto da Usina (PDT), na quarta-feira (27/07). Você poderá acompanhar através do rádio sintonizando a Nova Quilombo FM 100.9, pela internet no Portal Novamais.com ou pelo aplicativo da Nova Quilombo FM pelo celular.