O representante das famílias Sérgio Capoeira afirmou que uma comissão de cinco pessoas foi agredida quando estava tentando entrar no edifício para falar com representantes da Caixa. “A polícia empurrou a gente e foi jogando spray de pimenta. O pessoal que estava atrás viu e se revoltou, eles revidaram com pedras. Foi gás lacrimogênio, bala de borracha”, apontou.
Por meio de nota, a PM informou “foi usada a força necessária com os manifestantes que estavam depredando o prédio da Caixa Econômica Federal da Avenida Agamenon Magalhães. Três pessoas foram presas e encaminhadas ao Departamento de Polícia Federal por depredação ao patrimônio”.
A PF confirmou que os manifestantes foram levados à sede do órgão. Dois deles foram liberados em seguida e uma mulher foi autuada em flagrante. Ela será encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife.
O protesto das famílias acontece desde a manhã. Segundo Capoeira, a manifestação reuniu cerca de 350 pessoas, vindas de comunidades de Santo Amaro e Campo Grande, no Recife, e Paulista e Itamaracá, na Região Metropolitana. “Mais de oito mil habitações foram prejudicadas. O Nordeste teve muito prejuízo porque não houve seleção de terrenos aqui", explicou o representante das famílias.
Ao longo da manhã, a Avenida Agamenon Magalhães foi interditada pouco antes das 10h com os manifestantes queimando pneus para impedir a passagem dos carros. A liberação do trânsito aconteceu às 11h. Entretanto, o grupo voltou a interditar a via por volta das 12h. Meia hora depois, a avenida foi reaberta.
Em resposta ao G1 a Caixa Econômica Federal informou que não recebeu nenhum tipo de reivindicação sobre o programa Minha Casa, Minha Vida, mas se colocou à disposição para encaminhar a demanda dos integrantes do protesto ao Ministério das Cidades.
FONTE: G1