Publicada em 05/04/2017 às 09h57.
Número de mortes em 'ataque químico' passa de 70 na Síria
Já a Rússia diz que aviação síria bombardeou arsenal de armas tóxicas de rebeldes.

Equipes de ajuda humanitária dizem que muitas crianças estão entre as vítimas do ataque

FOTO: MOHAMED AL-BAKOUR / AFP PHOTO


O suposto ataque químico que matou pelo menos 72 civis em uma cidade rebelde do norte da Síria demonstra os "crimes de guerra" continuam sendo cometidos no país, afirmou nesta quarta-feira (5) o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres.


O balanço divulgado pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) nesta quarta-feira (5) indica que ao menos 72 pessoas morreram, incluindo 20 crianças. De acordo com a ONG, após ataque aconteceu no reduto rebelde da cidade de Khan Sheikhun, na província de Idlib, um "gás tóxico", que a instituição não sabe identificar, foi liberado. Civis morreram por e dezenas apresentaram problemas respiratórios, vômitos e desmaios.


"Os horríveis acontecimentos de terça-feira demonstram, infelizmente, que os crimes de guerra continuam na Síria e que o direito internacional humanitário é violado frequentemente", disse Guterres ao chegar a Bruxelas, onde acontece uma conferência sobre o conflito sírio.


Guterres afirmou que a ONU deseja estabelecer responsabilidades por estes crimes e expressou confiança de que o Conselho de Segurança estará "à altura de suas responsabilidades".


Ação do regime?


Para a oposição ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e para a União Europeia o regime sírio é responsável pelo bombardeio. O governo da Síria nega.


A Rússia nega ter atacado a região, mas afirma que a aviação de Damasco bombardeou um "depósito terrorista" onde eram armazenadas "substâncias tóxicas" destinadas a combatentes no Iraque. Os russos têm poder de veto no Conselho de Segurança e apoiam o presidente sírio Bashar al-Assad contra os rebeldes.


Alguns minutos antes, o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, afirmou que "todas as provas" apontam para o regime de Bashar al-Assad como responsável pelo suposto ataque.


"Todas as provas que vi sugerem que foi o regime de Al-Assad... usando armas ilegais contra seu próprio povo", disse Johnson em Bruxelas.


"É a confirmação de que se trata de um regime bárbaro que torna impossível aos nossos olhos que imaginar que possa ter a menor autoridade na Síria após o fim do conflito", completou o ministro britânico.


A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pediu um grande esforço a favor das negociações de paz sobre a Síria em Genebra, que tem a mediação da ONU. Temos que unir a comunidade internacional nas negociações", declarou Mogherini.


Estados Unidos, França e Reino Unido apresentaram na terça-feira um projeto de resolução ao Conselho de Segurança que condena o ataque químico na Síria e exige uma investigação completa e rápida.


GW

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