Publicada em 13/04/2017 às 09h51.
Epidemia de cólera matou mais de 500 pessoas na Somália
Situação é particularmente preocupante nas regiões de Juba Oriental e de Bakol, no sul do país.

 

Foto: MOHAMED ABDIWAHAB

Mais de 500 pessoas morreram desde janeiro de cólera e diarreia aguda na Somália, ameaçada pela fome, informou nesta quinta-feira (13) a ONU, que estima que o número de pessoas afetadas por esta epidemia irá dobrar até o final de junho para 50.000.


Sobre a epidemia de "diarreia aquosa aguda/cólera, 533 mortes foram registradas na Somália desde o início do ano", disse um porta-voz do Bureau de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), Jens Laerke, em entrevista coletiva em Genebra.


Por sua parte, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que cerca de 25.000 pessoas foram afetadas pela epidemia desde o início do ano na Somália, devastada pela seca.


Este número deve chegar a 50.000 até o "final de junho", declarou à AFP um porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.


A taxa de letalidade (risco de morte causada pela doença) relacionada a esta epidemia é de 2,1% atualmente, uma taxa duas vezes superior ao limiar de emergência (fixado em 1%), de acordo com a OMS.


A situação é particularmente preocupante nas regiões de Juba Oriental e de Bakol, no sul do país, onde a taxa de mortalidade associada ao surto de cólera/diarreia atinge respectivamente 14,1% e 5,1%.


Cerca de 6,2 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária urgente na Somália. Destas, 2,9 milhões estão em estado de "crise ou de emergência" (nas fases 3 e 4 numa escala de 5, de acordo com a classificação utilizada pela ONU. A fase 5 é a fome aguda), segundo o porta-voz do OCHA.


Esta crise tem provocado muitos deslocamentos, mais de meio milhão desde novembro, afirmou. A seca no país deve continuar a médio prazo e as Nações Unidas não preveem melhoria nos próximos seis meses, ressaltou.


"Estamos em uma corrida contra o relógio e não sabemos quem vai ganhar", disse Jens Laerke. Em 2011, a última grande fome na Somália matou pelo menos 260.000 pessoas, segundo a ONU.


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