Publicada em 27/04/2018 às 07h30.
Dilma afirma que Palocci mente em delação para conseguir liberdade
O ex-ministro vai falar aos delegados da Lava Jato da Superintendência da PF de Curitiba, onde está preso desde setembro de 2016.

Foto: Lula Marques/Agência PT

 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em nota nesta quinta-feira (26) que o ex-ministro Antonio Palocci mentiu no acordo de delação premiada que assinou com a Polícia Federal. “No esforço desesperado de obter a liberdade, o senhor Antonio Palocci cria um relato que busca agradar aos investigadores, na esperança de que possam deixá-lo sair da prisão”, afirma a petista.


Palocci deve revelar detalhes de supostos esquemas de corrupção dos quais teria participado durante os governos petistas de Lula e Dilma, entre 2003 e 2015, aos investigadores da PF. O ex-ministro vai falar aos delegados da Lava Jato da Superintendência da PF de Curitiba, onde está preso desde setembro de 2016. Lula também está no prédio.


Palocci foi detido na 35ª fase da operação, batizada de Omertá, após o delegado Filipe Hille Pace mapear as movimentações da “planilha Italiano” no dados do departamento de propina da Odebrecht.


“O senhor Antonio Palocci volta a mentir ao dizer que teria participado de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o então presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, ocorrida em ‘meados de 2010’, no Palácio da Alvorada, para falar de financiamento de campanha. Essa reunião nunca existiu”, afirma a ex-presidente. “A tal reunião e outros encontros mencionados pelo jornal para tratar de acertos de propinas ou de ‘contratos do pré-sal’ jamais existiram. São peças de ficção. A delação implorada do senhor Antonio Palocci tem um problema central. Não está sustentada em provas. E ele não as têm porque tais fatos jamais ocorreram”.

 

Dilma ainda afirma: “A submissão da verdade ao capricho de investigadores obedece à mesma lógica dos inquisidores que cometiam abusos, sobretudo físicos, nos presos, em outros tristes tempos, para arrancar confissões. Lamentável é que a “confissão” sem provas tenha se tornado o retrato desses nossos tempos, em que, a cada dia, o Estado de Exceção vai corroendo a frágil democracia e suas instituições. Nada estranho, agora, que até a presunção de inocência passe a ser negada ou esquecida, e sempre combatida.”

 

 

Ne10

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2025
Desenvolvido por RODRIGOTI