Uma história centenária não é fácil de contar. Duas, então, é tarefa ainda mais árdua. Mas nos museus do Recife, que completa hoje 479 anos, e de Olinda, que comemora 481, milhares de peças em exposição materializam a memória dessas duas cidades.
“Cada pessoa tem a atenção prendida por uma obra diferente. Param em frente a uma ou outra peça, pedem explicação e realmente absorvem tudo que podem dela. Pela experiência visual, adquirem um novo conhecimento do contexto histórico da cidade que antes era somente abstrato. Por outro lado, vejo que infelizmente a maioria passa meio correndo, só para constar a visita”, contou o historiador André Luiz Soares, técnico em museologia do Museu do Estado de Pernambuco (Mepe).
O conhecimento pode variar de acordo com os museus e, principalmente com as peças. No museu do Mamulengo, cultura através de uma companhia de teatro. No de Arte Sacra de Pernambuco, se conhece a relação da religião com o Estado através do tempo. “Mas não param no litúrgico. Além do sentido de religiosidade, as pessoas absorvem a questão histórica ou até o valor patrimonial do acervo. Alguns discutem uma ideia, outros oram frente às peças”, observou historiador Iron Araújo Junior, membro do setor educativo do museu.
No mapa abaixo, clique e confira um pouco da história das cidades: