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Um texto publicado pelo site "Inforprime" afirma que o Comitê de Direitos Humanos do Brasil determinou a soltura de Rosana Auri da Silva Cândido e de Kacyla Priscila Santiago Damasceno, acusadas de torturar e matar o menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, filho biológico de Rosana e enteado de Kacyla. O link do texto foi compartilhado em dezenas de grupos no Facebook e registrou mais de 40 mil interações. A informação, porém, é #FAKE.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, as acusadas estão presas e em observação na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), localizada na região administrativa do Gama. A pasta informa, ainda, que elas ocupam celas separadas e não têm contato com as demais internas.
Além disso, o Comitê de Direitos Humanos do Brasil não existe e, logo, não tinha como ter emitido qualquer pedido de soltura. O que há é o Comitê de Direitos Humanos da ONU, que não tem o poder de ordenar a soltura de presos. Tal prerrogativa é exclusiva do Poder Judiciário brasileiro.
O mesmo site já havia publicado, há uma semana, que as acusadas haviam sido espancadas na prisão. A informação também não procede.
Assassinato brutal
A investigação da Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que Rhuan foi morto e esquartejado pela própria mãe, Rosana, com o auxílio da esposa dela, Kacyla Priscila, no dia 31 de maio. O laudo aponta que o menino foi decapitado ainda com sinais vitais e levou 12 facadas de Rosana, sendo uma no peito, enquanto dormia, e as demais na posição de joelhos, ao lado da cama.
As duas estão presas desde o dia 1º de junho e serão indiciadas por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem a possibilidade de defesa da vítima; lesão corporal gravíssima; tortura; e ocultação de cadáver e fraude processual, pois tentaram limpar a cena do crime, lavando os cômodos da casa. Somando todos os crimes, podem ser condenadas a uma pena de 57 anos de prisão.
G1