Publicada em 31/10/2019 às 06h11.
MP afirma que porteiro mentiu ao citar Bolsonaro em depoimento
O suspeito da morte de Marielle teria pedido para ir na casa de Bolsonaro e um homem com a mesma voz do presidente teria atendido o interfone.

Imagem: Isto É Independente


A promotora Simone Sibilio, do Ministério Público do Rio de Janeiro, afirmou em entrevista a jornalistas na quarta-feira (30) que o porteiro que cita Jair Bolsonaro em seu depoimento mentiu.


Reportagem do Jornal Nacional da terça-feira (29) teve como base depoimento de um porteiro do condomínio onde o presidente tem casa no Rio. Segundo essa reportagem, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco, o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento na morte, disse na portaria do condomínio que iria à casa de Bolsonaro, na época deputado federal.


Segundo o depoimento do envolvido à Polícia Civil do Rio, ele pediu para ir na casa do atual presidente e um homem com a mesma voz do líder teria atendido o interfone e autorizado a entrada. O acusado, no entanto, teria ido em outra casa dentro do prédio.


A promotora afirmou que a investigação teve acesso à planilha da entrada do lugar e às gravações do interfone e que restou comprovado que o indivíduo interfonou para a casa 65 e que a entrada de Élcio foi autorizada por Ronnie Lessa, com quem se encontrou.


O Ministério Público disse que o funcionário do lugar pode ter anotado que Élcio foi para a casa de Bolsonaro por vários motivos e que eles serão apurados. "Todas as pessoas que prestam falso testemunho podem ser processadas", disse Sibilio.


Questionada em seguida, a responsável pelo caso disse que o rapaz pode ter se equivocado. Reiterou que o depoimento dele não bate com a prova técnica, que comprovou que é a voz de Ronnie Lessa que autoriza a entrada de Élcio Queiroz às 17h07.


Na última quarta-feira, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, publicou vídeo, segundo ele gravado na administração do condomínio, no qual apresenta dados conflitantes com os apresentados na reportagem da Globo.


Por volta das 17h de 14 de março de 2018, data do assassinato de Marielle, foi feita uma solicitação de entrada, por uma pessoa de nome Élcio, mas para a casa de Ronnie Lessa, e não para a do político do PSL. No vídeo, Carlos reproduz a ligação registrada às 17h13. O porteiro anuncia a chegada do "senhor Élcio". A voz do outro lado, diferente da de Jair Bolsonaro, responde: "Tá, pode liberar aí".


FONTE: FOLHA PE

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