Imagem: Evandro Notícias/ Cortesia
A AGROCAN (Cooperativa do Agronegócio da Cana-de-açúcar) realizou, na tarde de quinta-feira (23), uma reunião entre empresários, fornecedores e agricultores do campo da região, para discutir políticas de produção baseadas em créditos de carbono. O evento aconteceu no antigo clube da Usina Pumaty, em Joaquim Nabuco, Mata Sul pernambucana.
Dezenas de pessoas estiveram presentes para ouvir as novas e avançadas técnicas de produtividade agrícola, que têm como foco principal a diminuição do uso de recursos poluentes na atmosfera, como os fertilizantes e o óleo diesel. A ideia é ampliar a produtividade com alternativas mais limpas, tanto no abastecimento de máquinas, quanto nos procedimentos de rentabilidade do solo.
Segundo José Cândido, engenheiro de produção, as novas técnicas baseiam-se em recompensar financeiramente os fornecedores de cana que adotarem formas mais limpas de produção, através do programa RenovaBio, do Governo Federal. O objetivo do programa é conscientizar os profissionais do campo a desenvolver técnicas de plantio que diminuam a emissão de CO2 na atmosfera, minimizando, dessa forma, o aumento do efeito estufa.
Créditos de carbono
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Ainda de acordo com ele, o fornecedor que conseguir desenvolver sua produção com a diminuição de consumo energético à base de óleo diesel para o maquinário e de fertilizantes para a plantação, consegue adquirir créditos de carbono no mercado financeiro:
- “Quando o fornecedor aceita trocar um produto mais poluente, como o diesel, por outro mais limpo, como álcool, além de contribuir com o meio ambiente, transforma sua economia em créditos de carbono, que serão negociados na bolsa de valores”, explicou.
Esse crédito, posteriormente, é vendido na bolsa de valores, cujo valor da compra retorna financeiramente para indústria que, por sua vez, repassa em investimentos para os próprios fornecedores. O evento contou com a presença de representantes de sindicatos, empresários e a direção da usina Pumaty, representada por Gerson Carneiro Leão.