Milton Mendes nunca escondeu como quer ver o Santa Cruz na Série A. E tem atuado assim desde o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste: com compactação e transição rápida para o ataque. Agora, o sistema defensivo coral deve ter o maior desafio - o adversário é o Fluminense, que tem um sistema ofensivo de peso, com Fred no comando. Reforçar a defesa seria uma saída, já que o empate é visto com bons olhos pelo treinador? Para Milton, não. A maneira de jogar vai será a de sempre, mesmo com a troca de peças.
Na teoria, os jogadores que vão entrar têm características mais ofensivas. Na lateral direita, Vítor, que guarda mais a posição, cedeu vaga a Léo Moura, mais "agudo". Com a quase certa saída de Wellington Cézar, espécie de "cão de guarda" da defesa coral, deve deixar a titularidade. Bolaños, o substituto, é mais ofensivo, segundo Milton Mendes.
- Bolaños não é um camisa 5 e também não é um camisa 8. Ele tem uma boa técnica, mas não vamos esperar muito dele agora porque está chegando. Se ele conseguir se adaptar à velocidade do futebol brasileiro, pode ser um dos grandes nomes do campeonato. É forte fisicamente e finaliza bem. Na Europa, falam que é uma espécie de "box to box". Um cara que defende e ataca.
O treinador disse que prepara o Santa Cruz de acordo com o adversário. E mostrou tranquilidade ao manter a confiança na sedimentação do estilo de atuar dos tricolores.
- Nossa estratégia é sempre a mesma. Nós a preparamos de acordo com o adversário. Vamos jogar contra um time qualificado, mas também temos nossa forma de jogar. Vamos atender às circunstâncias do jogo e vamos tentar diminuir o que eles têm de bom e tentar explorar o que eles têm de menos bom.
O atacante Keno mostrou confiança no estilo de jogo do Santa Cruz. Ele acredita que, dessa forma, o time pode vencer o Fluminense fora de casa.
- Sabemos que vai ser um jogo difícil, mas o Fluminense não é imbatível. A gente tem de jogar da mesma maneira.
Globo Esporte