Publicada em 22/06/2016 às 09h08.
Hipertensos morrem por falta de remédios em Pernambuco
Associação de pessoas com hipertensão denuncia problema na distribuição pelo estado.

“Quatro pessoas morreram em decorrência da falta de medicamentos.” A denúncia é da presidente da Associação de Portadores de Hipertensão Arterial Pulmonar de Pernambuco, Waneska Kramer. A instituição atribui as mortes à falta de algumas medicações fornecidas pela Farmácia do Estado.


A mais recente vítima, segundo a organização, foi da jovem Jaqueline Ferreira, 15 anos, que não resistiu ao agravamento da doença e morreu no Procape, em Santo Amaro. O problema motivou a associação a acionar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pedindo providências contra a gestão estadual. 

A adolescente, natural do município de Joaquim Nabuco, na Mata Sul, foi enterrada na tarde da última terça-feira (22), na presença de familiares que estão consternados com a morte prematura da jovem. De acordo com Waneska Kramer, a garota sofria da hipertensão em decorrência de cardiopatia congênita e há seis meses não tinha a liberação de dois remédios essenciais para o tratamento: Sildenafila e Bosentana. “A última vez que ela recebeu os medicamentos foi em dezembro passado. Juntas, as duas medicações custam em torno de R$ 5 mil”, comentou.

Outra paciente da rara doença que está temerosa com a situação é a aposentada Andreia Moura, 41, que há oito meses não recebe a Sildenafila e Bosentana, além de outra medicação: Iloprosta. “Diariamente, tenho complicações pela interrupção do tratamento. São desmaios, cansaço, inchaço pelo corpo.” Há também transplantados que depedem de remédios para que não haja rejeição dos órgãos.

A promotora de Saúde da Capital, Ivana Botelho, disse que o MPPE vem acompanhando a situação. “Além de fiscalizar, estamos cobrando do Estado uma solução. No mês passado, fizemos audiência e o Executivo alegou problema no fornecimento”, disse. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclareceu que o fornecedor já foi notificado e que aguarda que o abastecimento da droga Sildenafila seja feito de forma imediata. Além disso, a pasta ressaltou que os medicamentos Bosentana e Iloprosta estão em processo final de aquisição para os pacientes assistidos por ordem judicial, no entanto, não há previsão para reposição.


Folha PE

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