O Programa Peixe-Boi Marinho promoveu, na manhã desta terça-feira (21), a soltura do 44° animal resgatado, reabilitado e devolvido à natureza pelo projeto; 31 deles só em Alagoas. O peixe-boi, batizado de “Folião”, deixou o recinto de aclimação no rio Tatuamunha, em Porto de Pedras, Litoral Norte do Estado, para ganhar a imensidão da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, maior Unidade de Conservação (UC) Marinha do País.
A operação de soltura de Folião começou por volta das 10h30 e durou pouco mais de 30 minutos. O trabalho envolveu 25 profissionais, entre tratadores, biólogos, veterinários e zootecnistas, além de estagiários.
A coordenadora do Programa Peixe-Boi, Fernanda Niemeyer, dirigiu a operação de soltura, acompanhada pelo chefe da APA Costa dos Corais, Iran Normande, e pelo diretor do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), o oceanógrafo Leonardo Messias Tortoriello.
Folião foi resgatado na Praia de Miriri, litoral da Paraíba, em 2012, e levado para a sede do Programa Peixe-Boi, em Itamaracá (PE), onde passou por reabilitação.
O animal foi, então, trazido em 2014 para o recinto de aclimação no rio Tatuamunha, em Porto de Pedras, onde se readaptou até ser devolvido à natureza nesta manhã, com 4,6 anos de vida e cerca de 2,7 metros de comprimento.
Antes de ser devolvido à natureza, os técnicos fizeram a demarcação do animal, que será monitorado por meio de GPS. O Programa espera realizar, em breve, a soltura de mais um peixe-boi: “Raimundo”, que, ao lado de “Zoé”, permanece no recinto de aclimação.
“Não queremos permanecer presos numa cela. Assim também acontece com o peixe-boi. Folião já reunia todas as condições físicas, comportamentais e de saúde para ganhar a liberdade”, disse Fernanda Niemeyer.