Após cerca de dez meses fechada para reforma, a Agência Regional do Trabalho e Emprego em Maragogi foi reaberta para atendimento à população. A sede apresentava graves problemas estruturais, que foram constatados por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e, por isso, teve que ser interditada em julho do ano passado. Durante o tempo em que ficou fechada, a agência deixou de atender, no município, aproximadamente 30 mil pessoas da comunidade.
A solenidade de entrega da sede foi realizada nesta segunda (16) e contou com a participação do superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Alagoas, Israel Lessa, além do prefeito da cidade, Henrique Madeira, e da presidente do Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau (CCC&VB), Vergínia Stodolni – entidade que arcou com os custos da obra de reestruturação da agência, por meio de uma parceria público-privada firmada com a Superintendência do MTE no estado.
Segundo a presidente da CCC&VB, a entidade, que reúne o trade turístico e hoteleiro da Costa dos Corais, foi em busca de levantar quais os motivos e dificuldades que impediam o funcionamento da agência na cidade. “Ficamos sabendo através da Superintendência do Trabalho [em Alagoas] que a agência tinha sido interditada e que não reabriria caso não fosse reformada. Então fizemos um orçamento para saber quanto custaria a reforma, para que a gente pudesse fazer essa parceria”.
Ainda de acordo com Vergínia Stodolni, os custos da reestruturação da sede chegaram ao montante de R$ 16 mil inicialmente, mas “depois acabou indo para R$ 18 mil”. A quantia foi dividida por cotas entre os cerca de 50 associados da entidade e comerciantes locais. “Estamos entregando hoje uma repartição pública que não é apenas importante para o turismo e as empresas na região, mas para a comunidade em geral”, destacou.
Os auditores fiscais do MTE, na fiscalização que culminou com a interdição da agência, encontraram problemas hidráulicos e elétricos no imóvel, que fica localizado no bairro Carvão. Fatores inclusive cobrados pelo Ministério, como a garantia do cumprimento da norma da Saúde e Segurança do Trabalho, foram determinantes para a interdição das agências em Maragogi, Arapiraca, Palmeira dos Índios e União dos Palmares.
“As nossas agências realmente não estavam condizentes para o que foi determinado, não estavam preparadas [para atender a população], por falta de manutenção. Por isso, não seria aceitável interditar empresas e instituições, tendo a gente [Ministério do Trabalho e Emprego] os mesmos problemas”, pontuou o superintendente do MTE em Alagoas, Israel Lessa.
A única que permanece interditada, ainda segundo Israel Lessa, é a de Palmeira dos Índios, cuja verba de 60 mil reais deve ser destinada à abertura do prédio via decisão judicial.
Para o prefeito de Maragogi, Henrique Madeira, “a importância de reestruturar a agência é que temos a necessidade de um equipamento como esse funcionando. As instituições unidas, prefeitura, governo federal e Convention, mesmo em um momento de crise, conseguiram reabrir essa estrutura e, com isso, devem atrair mais investimentos para a cidade”.
GW