Patricky Pitbull terá uma segunda chance. No próximo dia 24, o brasileiro encara, mais uma vez, Michael Chandler, pelo cinturão dos leves do Bellator. Em 2011, o americano levou a melhor na decisão dos juízes, em confronto que valia o título. Mas, de lá para cá, muita coisa mudou, conforme garante o lutador potiguar, em entrevista ao Combate.com.
- Naquela época era diferente. Eu não era tão experiente e não tinha o nível que tenho hoje. Não sabia atacar e defender no wrestling tanto quanto sei hoje. São cinco anos de treino de diferença. De lá para cá vim trabalhando muito minhas técnicas. Fico me imaginando lutando com ele de novo desde que perdi. Quando fui derrotado, em 2011, fiquei muito chateado comigo mesmo. Apesar de a luta ter começado dura, lá e cá, ele conseguiu me dominar no terceiro round e venceu. Não quero sentir aquela frustração de novo.
Das 16 vítimas que Patricky fez dentro do cage, 10 foram nocauteadas. Dono de mãos pesadas, ele vai lidar com o equilíbrio - e a qualidade - de Chandler em todos os aspectos do jogo. O americano, ex-campeão da categoria, tem um wrestling de ponta e acumula seis nocautes e seis finalizações. Mas o potiguar garante ter feito o "dever de casa".
- Na verdade esse meu cartel de nocautes não me deixa mentir. Prefiro a trocação. Mas a luta começa em pé e, às vezes, você vai se soltando. Mas ultimamente venho levando mais lutas por pontos. Estou mais experiente, aprendi a fazer mais rounds de luta. De vez em quando bate aquele instinto de tentar nocautear. Sei que ele vai explodir e tentar me derrubar. Ele vem igual a um trator para cima de você, tenta derrubar de qualquer jeito. Não quero ficar por baixo. Estudei bastante o jogo dele. Os nocautes e finalizações dele vêm sempre no primeiro e segundo rounds. Ele deixa o ritmo cair depois do segundo round.
Patricky prevê que a luta acabe com um nocaute a seu favor no segundo ou no terceiro round, mas, caso o plano A não dê certo, ele tem uma segunda opção.
- Eu me vejo nocauteando ele no segundo ou no terceiro round. Se isso não acontecer, vou puxá-lo bastante e pegá-lo nas quedas. Ele está achando que vou ceder cada posição, que ele vai me quedar quando quiser, como fez da outra vez. De cada posição que ele me colocar eu vou ter uma saída. Vou acabar com esse pensamento dele.
O nervosismo para a batalha é grande, afinal, trata-se da primeira disputa de cinturão da carreira de Patricky no Bellator. Para conter os ânimos, ele tem um trunfo: seu irmão Patrício, que já disputou o cinturão dos penas em diversas oportunidades - e ostentou o título durante um tempo.
- Ansiedade sempre tem, ainda mais agora que é disputa de cinturão. Ele já tem mais disputas de titulo que eu, já passou por isso antes, então, está mais acostumado. Estou fazendo um trabalho especial para diminuir essa ansiedade. Eu mentalizo as situações difíceis que podem acontecer e me preparo psicologicamente. Meu irmão tem me ajudado muito também, tem uma ótima visão, sempre me aconselha. Ele é o melhor córner que a gente tem.
G1