Publicada em 17/05/2016 às 15h11.
Crise afeta Fernando de Noronha, empresários esperam queda em junho
Empresários reclamam do movimento.

Diferente dos últimos dois anos, em 2016 os empresários do setor de turismo de Fernando de Noronha estão reclamando do movimento neste período de baixa estação.  Segundo os donos de pousadas neste mês de maio a redução no número de hóspedes é grande.  “Em maio o movimento deve cair uns 30% e em junho a queda deve ser ainda maior, uns 50% em relação ao ano passado. A situação é preocupante” afirmou o presidente da Associação de Pousadeiros da ilha, Pedro Henrique Neto.


Para o presidente da Associação de Pousadeiros vários fatores estão contribuindo para a queda no movimento. “A falta de divulgação do destino prejudica, nos anos anteriores era feita uma campanha em outubro divulgando este período de baixa e isso não foi feito este ano”, disse Pedro Neto.  O movimento nos passeios de barco também caiu. Segundo o presidente da categoria em junho de 2016 a redução dos passeios deve chegar aos 50%.

 

“O turista que vem a Fernando de Noronha tem muitas taxas para pagar, este ano pra piorar a situação o Governo do Estado aumentou o valor da Taxa de Preservação Ambiental em 15% a partir do dia 01 de abril, o tributo passou de 56,80 para R$ 64,25 por dia em plena baixa estação, o que nunca ocorreu antes.  Uma família de cinco pessoas , por exemplo, paga mais de R$ 1.500,00 só de TPA para passar cinco dias em Noronha”, avaliou o presidente da Associação de Barcos de Turismo, Milton Luna.

 


 

Avião da Gol

A Gol cancelou dois voos que eram realizados aos domingos (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)

 

 

A presidente do Conselho de Turismo de Fernando de Noronha, Adriana Flor, considera que a crise econômica nacional respinga no movimento da ilha. Ela também considera que falta planejamento prejudica. “Os problemas nacionais refletem no nosso mercado e aliado tem isso tem a falta planejamento do  Governo e dos próprios empresários. A gente está reclamando do baixo movimento em 2016, mas deveríamos estar divulgando neste momento o destino Noronha para a baixa estação de 2017”, afirmou Adriana Flor .


A Administração de Fernando de Noronha  enviou nota a seguir rebatendo os empresários. “Fernando de Noronha tem sido um dos principais destinos turísticos no país mesmo em período de baixa estação. De acordo com números apresentados pelo controle migratório do distrito estadual, o maior número de visitantes entre os estrangeiros são americanos e entre os brasileiros, lideram os paulistas e pernambucanos. Ao longo dos três últimos anos o número de visitantes no arquipélago tem se mantido equilibrado. Em de abril de 2014, visitaram a ilha 5971 pessoas, no mesmo mês de 2015 o número foi de 7000 pessoas. Em abril de 2016, Noronha recebeu de 6.630, apenas 5% inferior em relação ao ano passado.


Os comparativos entre os primeiros quatro meses dos últimos três anos mostrou uma evolução na procura por Noronha como destino turístico: no primeiro quadrimestre de 2014 recebeu 25 mil visitantes. No mesmo período de 2015 o número saltou para 27 mil e até abril deste ano ultrapassou a marca de 30 mil turistas em Fernando de Noronha.


Para divulgar o local como destino turístico são realizadas uma série de ações em parceria com Empresa Pernambucana de Turismo-Empetur. Entre elas, destacam-se participação eventos nacionais e internacionais de turismo como a Feira de Turismo de Lisboa (BTL), a mais importante de Portugal e a Feira de Turismo de Berlim (ITB), considerada a maior feira de turismo do mundo. Também são realizados Famtours com operadores internacionais, inclusive, até 19 deste mês uma grupo de operadores italianos estão em Noronha para conhecer o potencial local.


Para estimular o turismo na baixa estação, por meio da Empetur foi realizada uma parceria com o trade turístico para a divulgação da ilha nos veículos digitais e na imprensa nacional. A novidade este ano é que a gestão do programa será feita pela Associação de Pousadeiros de Noronha. Com forma de apoio, a administração do arquipélago captou para o trade junto a Casa Civil um montante de R$ 105 mil para a criação das peças publicitárias e após a finalização das mesmas e criação do site por parte da entidade, ficou de auxiliar na divulgação junto aos veículos de comunicação.


Em 2015 foi enviada para a Assembleia Legislativa de Pernambuco uma solicitação de ajuste no tributo, que foi implantado em dezembro do ano passado, com complementação em janeiro deste ano, vigorando a partir de 1º abril", finaliza a nota.

 

 

 

G1

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