Em
virtude da confirmação de três pacientes pelo fungo Candida auris
(C. auris), em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE)
criou, nesta quinta-feira (25/05), um comitê técnico para
acompanhar de perto as implicações relevantes ao tema e agir de
forma integrada contra o fungo, motivo de alerta no mundo todo. O
grupo é formado por membros das secretarias executivas de Vigilância
em Saúde e Atenção Primária (SEVSAP), de Atenção à Saúde
(SEAS), de Regulação em Saúde, além do Centro de Informações
Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS-PE), da
Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA), do
Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) e especialistas da
área da infectologia. O comitê tem como objetivo a identificação,
prevenção e controle de infecções por Candida auris em serviços
de saúde de Pernambuco.
A secretária estadual de saúde de
Pernambuco, Zilda Cavalcanti, explicou que a pasta tem atuado
preventivamente, monitorando todas as suspeitas do fungo. “Decidimos
criar um comitê com várias entidades científicas para acompanhar
cada caso de perto, com todas as particularidades. A Secretaria está
empenhada em garantir que a população esteja segura e se mantém
vigilante para evitar novos casos”, disse.
Casos
- A Candida auris é considerada um fungo emergente, surgido no
Japão, em 2008, que tem levado preocupação aos sistemas de saúde
do mundo todo. Ela não é novidade em Pernambuco. Entre dezembro de
2021 e setembro de 2022, o Estado registrou 47 casos - 46 colonizados
e um infectado pelo fungo, atendidos no Hospital da Restauração.
Após o episódio, há oito meses a Secretaria monitora a unidade,
que não apresentou mais casos de colonização nas suas dependências
e nos seus pacientes. Além disso, não houve morte associada ao
fungo.