(NE10)
Apesar de ter feito um jogo seguro na maior parte do tempo, na estreia das Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial da Rússia, a derrota por 2×0 para o Chile mostra que vem mais sofrimento por aí para a seleção brasileira. De novo.
Assim como na fase de classificação para as Copas de 2002, 2006 e 2010, o Brasil não é mais temido por adversários. O respeito está vindo na forma de muita marcação, velocidade e, agora, muito ataque. Foi o que os atuais campeões da Copa América fizeram, ontem.
Se no primeiro tempo o Brasil anulou o ímpeto chileno, na segunda etapa não conseguiu parar a locomotiva dos Andes. Jogando no mesmo estádio que conquistou seu único título, o Chile dominou a segunda metade da partida, criando e levando a zaga brasileira à loucura. Chegando a mandar duas bolas na trave, além de ter feito os dois gols.
Mas no geral, um apresentação que não pode ser condenada. O Brasil marcou bem na maior parte da partida e teve velocidade nos contra-ataques. Embora os volantes e os laterais tenham apoiado pouco. Certamente por determinação do precavido Dunga. Faltou, no entanto, criatividade. Confiança. E poder de finalização. Tripé que teria caso Neymar estivesse em campo.
Até porque, na ausência do melhor jogador do País, Oscar não conseguiu liderar. Nem mesmo ser um coadjuvante de peso. Jogou mal. Errou passes. Não assistiu os companheiros.
E Dunga, para variar, demorou a mexer. Deixando para trocar Oscar por Lucas Lima no finalzinho. Sem tempo para uma reação. Que venha a Venezuela. Mas com moderação.