Os reeducandos que fugiram da penitenciária Barreto Campelo na última terça-feira (6), em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife, podem integrar uma organização criminosa intitulada Al Qaeda, que atua praticando extermínio e assaltos a banco nos estados da Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, todos os foragidos foram identificados.
Eurico também voltou a afirmar que vai fortalecer a guarda e a fiscalização interna dos presídios no Estado. “A criminalidade cada vez é mais orgânica, mais estruturada, mais violenta e mais ousada, o que vai exigir também das autoridades medidas mais duras. Vamos fortalecer as guaritas, a nossa fiscalização interna e também equipamentos eletrônicos e, se necessário, com a utilização de armamento mais duro”, afirmou.
A unidade contava com cerca de 13 agentes penitenciários na noite da última terça. Quantidade considerada satisfatória pelo secretário, que voltou a ressaltar a necessidade de tomar novas medidas. Para coibir a escavação de túneis no complexo do Curado, será instalado um alambrado distante do muro das unidades, que por sua vez serão reforçados.
“Muitas vezes, os presos encostam nas muralhas e lá colocam lonas e panos para receber familiares e encontros íntimos, e ali se tenta cavar tuneis. Vamos construir um envelopamento da muralha em concreto armado na área externa, o que tornaria impossível cavar um túnel, porque essa muralha vai ter dois metros enterrada e dois metros para a parte superior”, explicou.
Sobre a abertura feita no muro da penitenciária Barreto Campelo, o secretário não confirmou os recursos utilizados pelos presos, mas descartou o uso de explosivos. Todas as guaritas estavam funcionando, e os presos aproveitaram o momento da troca de tiros entre um dos guardas de uma das guaritas e pessoas que estavam fora do presídio.